Mês: março 2019

#53 Uma conversa tão boa que encheu a cara pra ter amnesia alcoólica e esquecê-la.

 

Beber com uma pessoa que realmente domina o assunto que se propõe a falar sobre prende tanto sua atenção que você só percebe que já passou bastante tempo só conversando porque quando vai dar o primeiro gole na cerveja ela já tá quente, a mesma que foi levada até sua mesa, como um cliente do bar gosta de falar: mais gelada do que coração do chefe após descobrir que você acostumou seu corpo a cagar no banheiro do trabalho no horário do expediente para não desperdiçar seu tempo livre cagando em casa.

Segundo Tom Standage é antiga a noção de que as bebidas, principalmente as alcoólicas, têm propriedades sobrenaturais. Para os bebedores neoliticos, a capacidade da cerveja de embriagar e induzir a um estado de consciência alterada parecia algo mágico. A conclusão comum óbvia era que a cerveja era um presente dos deuses.
Na época em que vivemos, que segundo Bauman podemos chamar de modernidade liquida, se você perguntar pra algumas pessoas o que elas entendem por amor liquido, muitas vão responder que é o que elas sentem a cada gole que toma de cerveja após um dia cansativo de trabalho.

O Diogo seria uma dessas pessoas e pra ele a cerveja é o melhor presente dos deuses e por isso que não gosta de beber com gente muito interessante, pois não consegue moderar e se manter sóbrio o suficiente pra prestar atenção em tudo o que tá sendo dito e devido a isso prefere abir mão do chopp pra apenas ouvir, pois bar e cerveja tem em toda esquina, agora alguém que realmente entende o minimo do assunto que se dispõe a comentar…

Ele estava no bar bebendo quando chegou um conhecido e sentou do seu lado puxando assunto, o recém chegado falou sobre tudo, enquanto ouvia o Diogo não parava de beber, bebeu tanto que quando foi embora, caiu assim que saiu do bar e fraturou o quinto metatarso do pé direito.

Se é caindo que se aprende, naquele dia ele aprendeu bastante de anatomia.